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A geada
03:19
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A memória da geada que se formava e lá ficava toda a madrugada
As botas húmidas de tanto pisar erva e toda aquela terra molhada
O bafo quente emanado por pulmões fragilizados
Nunca parámos para pensar no amanhã Nunca...
O sol nasceu e foi para te acordar
Em nada daquilo dava para acreditar
Éramos como folhas nos ramos a despontar
Era todo um mundo novo e a jeito, por desbravar
Nunca parámos para pensar no amanhã
Nunca...
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2. |
Nuvem negra
04:41
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À procura de sombra
Num instante que seja
Deixar-me adormecer
Para lá da nuvem negra
Meio perdida nas horas
Sem pensar em mais nada
Estender o corpo ao vento
Para lá da nuvem negra
Olha .... diz que me perdi pelo mundo
Se alguém perguntar por mim, diz que me perdi pelo mundo
E agora com tempo
Aquecer-me por dentro
Beber daquela água
Para lá da nuvem negra
Olha .... diz que me perdi pelo mundo
Se alguém perguntar por mim, já me fui embora
Aquele momento fugaz
Em que o vento pelos prédios te traz os pés à terra
Dás conta que é só na tua cabeça
Enfim... um sentido de pertença
Olha... mesmo um outro canto do mundo vai dar a um sítio igual
Daqui ninguém se vai embora
Mas olha... qualquer outro canto do mundo vai dar a um sítio igual
Daqui ninguém se vai embora
Mesmo noutro canto vou dar a um sítio igual
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3. |
É delicado
05:26
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Só querias era sol a dar calor e paz
Ainda te escondes do quê?
Não te mostras porquê?
Vens com cuidado... percebo... é delicado
Todo esse filme é o quê?
Não te explicas porquê?
É delicado... percebo... é complicado
Mas não pode ser só pensar... pensar... pensar...
Esse medo é do quê?
Não se resolve porquê?
É complicado... percebo... é apurado
Toda essa falta é de quê?
Tanto te importas com o quê?
É delicado... percebo... estás desligado
Mas não pode ser só pensar... pensar... pensar...
E há uma imensa vontade de mudar
Só querias era sol a dar calor e paz
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4. |
A grande proeza
03:15
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Era só trabalho, mas que grande proeza, tudo em nosso proveito
Aos que deixavas, asseguravas que tudo iria prosperar
O mal foi achares que estava garantido
E que todo um mar diluía a frustração de não te ter aqui
O mal foi achares que estava garantido
E que essas ondas que criaste não viriam rebentar para aqui, às minhas costas
Vim pelo contrato, podes ter a certeza, nunca te faltou nada
Eu também acreditava que o mais certo era voltar
O mal foi pensar que estava tranquilo
E que todo este ar permitia a intenção de não te querer aqui
O mal foi pensar que estava tranquilo
E que estes ventos que senti não chegavam a abanar-te aí, à tua porta
Por mim podes ficar, por mim podes ficar aí
(Nem quero saber se volto, não quero saber se volto)
O mal foi pensar que estava tranquilo
E que todo este ar permitia a intenção de não te querer aqui
O mal foi achares que estava garantido
E que essas ondas que criaste não viriam rebentar para aqui, às minhas costas
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5. |
Uivo
03:53
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Deito o corpo junto ao rio, deixo o pó crescer dentro de mim
O pensamento cai no vazio
Cheiro, olho, escuto, toco e volto a ser
A montanha a arder, grutas negras são veias a pulsar do chão
Uivam como um cão selvagem
Morrendo para renascer de um ventre teu
As correntes de água são os meus passos
Da semente sugo a fonte e floresço
Leva-me ao teu colo se a manhã me adormecer
Esconde-me do trilho
Leva-me às entranhas onde os lobos vão nascer
Leva-me contigo e eu vou... vou... vou...
As raízes vão revolvendo o sal que outro mar se fez secar
E a montanha a arder, grutas negras são veias a pulsar do chão
Uivam como um cão selvagem
Morrendo para renascer de um ventre teu
As correntes de água são os meus passos
Da semente sugo a fonte e floresço
Leva-me ao teu colo se a manhã me adormecer
Esconde-me da estrada
Leva-me às entranhas onde os lobos vão comer
Leva-me contigo e eu vou... vou ... vou..
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6. |
Blues da sopeira
04:13
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Roupa, só roupa
Roupa lavada, estendida, vincada
Daquelas que lhe ficam mesmo bem
Ó que ilusão!
Era o era, era o era o veste
Por quem é que me toma?
Dou-lhe o tempo que tenho, aquele que me sobra
Contas, só contas
Contas das boas, das grandes, das grossas
Daquelas que a fazem sentir bem
Ó que ilusão!
Era o era, paga o que me deves
Por quem é que me tomas?
Dou-te o tempo que tenho, aquele que me sobra
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7. |
O canteiro
04:33
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Isso foi este inverno que te pôs assim
Uma farpa deixada num ramo podado
E se este tempo ameno se instalasse em ti
Este ar que espicaça um corpo curvado
Lá fora no quintal as flores do canteiro já se abrem para nós
Lá fora as flores do canteiro já se abrem
Fiz deste medo imenso uma força em si
A água que arrasta um seixo rolado
E se este canto eterno se abraçasse a ti
Roubava o teu corpo ao peso curvado
Lá fora no areal, o mar de janeiro já dança para nós
Lá fora, o mar de janeiro já dança
Agora, lá fora, está tudo bem
Vou voltar a pôr os pés na areia da praia
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8. |
Se ela soubesse
04:53
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Se ela soubesse quanto tempo demoras
Não ficava a ouvir o ruído incerto das horas
Se ela soubesse ler-te o pensamento
Não se atraiçoava, não deambulava dormente
E mais um pingo de chuva na janela
Um abafado grito não soa
Tu sais e ela vai contigo, seguindo sem tino a tua sombra
Se ela soubesse decifrar-te o jeito
Mesmo que imperfeito, não deixava arder o ciúme
Se ela soubesse que a ninguém pertences
Por ninguém te rendes, a ninguém te entregas para sempre
E mais um sopro assobia na janela
Mais uma lágrima cai em chão seco
Tu vais e ela esconde o rosto, só lhe resta o gosto da serpente
Marcada a ferro quente
Sob a pele o sangue corre
Se ela soubesse quanto tempo demoras
Não ficava a ouvir o ruído incerto das horas
Se ela soubesse que a ninguém pertences...
Marcada a ferro quente
Sob a pele o sangue corre
Marcada a ferro quente
Sobre a pele o sangue escorre
Sob o sangue a pele
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9. |
Volto a caminhar
04:09
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Segue lento, lento o dia quente e eu tenho tanto para purgar
Pele queimada, boca seca e o instinto de parar
É uma chaga em sufoco e eu aposto que se me deixar levar
Volto a caminhar...
Cresce lento, lento o céu cinzento e eu tenho tanto para andar
Pé rasgado, pouca roupa... receio não voltar
A uma árvore me encosto e aposto que se me deixar sarar
Volto a caminhar...
Já o peito dói em jeito de tortura, o que a gente atura
A glória é sol de pouca dura e o cansaço faz-me agigantar
Volto a caminhar...
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